Lenda da Oyá Tulipa Branca Onze Segredos


Tulipa Branca sempre amparada pelo seu, seu pai Ogum, sua Mão Oyá, seu Cacique guerreiro, ventava, cantava, bailava pelas suas matas, mergulhava divertidamente com Oxóssi nas águas transparentes de Oxum.

Assim que a tulipa se abriu, Oxóssi, o Cacique Guerreiro, que pescava ainda ao amanhecer naquelas águas, a observou abrindo seus olhos redondos e meigos, a procura da luz.

O guerreiro imediatamente se encantou pela beleza da fada, e com suas mãos fortes de Cacique habilidoso, com carinho, a retirou de suas pétalas.

Suas asas se abriram, e a primeira brisa perfumada e suave da manhã os revestiu como um manto de energia, descida do alto, e  o primeiro raio de sol os iluminou, saudando o encontro da pequena Tulipa Branca assim batizada pelo jovem Cacique guerreiro.

Jamais se separavam, onde o guerreiro estivesse, estava também sua coroada Dona dos ventos dominado por Oxóssi.

A primeira esposa do Glorioso guerreiro, dentro do seu Rancó, era protegida e honrada por ele.

Até que roubado de seu próprio Reino pelo invejoso Ossaim, que tinha interesse em roubar sua esposa;  Oxóssi  reencarnou!

A pequena Tulipa Branca, em íra, com a força de mil búfalos, ventou em seu Reino, derrubando árvores, movendo pedras; movimentando seus onze segredos, jurou encontrar seu coroado e amado esposo, e se vingar de Ossaim.

Procurou Oxóssi em todos os Reinos dos seus onze céus, não o encontrando, desceu ao inferno pela primeira vez!

Encarnada, sozinha e inexperiente, a coroada Tulipa Branca, agora sem suas asas, mas coberta com o Manto Sagrado do seu esposo, persistiu em honra-lo.

Ventou a sua proucura pelos quatro cantos do mundo, até que seu próprio esposo, a encontrou.

Assim os dois inseparáveis Orixás,  também na terra, uniram o que já era unido nos céus.

Jamais se separa a flor do tronco.

Por: Oyá Tulipa Branca.



Comentários

Postagens mais visitadas